A menina nobre que foi se aventurar no estrangeiro - parte I

           Mais um texto elaborado dessa série onde com a desculpa de falar das artistas que eu passo o dia escutando, termino é falando de mim.




Nisha Yontararak - fonte: Instagram




Olá leitores.


Esse texto já me deu um trabalho imenso. Eu escrevi várias páginas e deletei algumas vezes. O Chat não sei o que PT, meu ajudante sempre pronto, dessa vez se dedicou a me atrapalhar. O diabo do robô é apaixonado por Karl Marx. Eu tento falar mal um pouquinho do homem e ele começa a me dar sermão, que a explicação de Marx sobre classes sociais foi satisfatória, acontece que ele estava mais preocupado em analisar os sistemas econômicos do que as pessoas e não sei o quê. Cansei. Vá pra lá. Vou escrever sem essa "ajuda" dessa vez, robô chato e enviesado.

Eu gosto bastante dos chamados RPGs de mesa, me parecem uma maneira interessante de pensar na vida, eu não me interesso por esses jogos como alguns já me acusaram porque eu queira fugir da realidade, a realidade é muito legal desde que você tenha dinheiro para realizar seus planos, essa é a principal limitação que eu conheço, claro que saúde é mais importante ainda, mas isso graças a Deus nunca me faltou.

Tanto na vida real como nos jogos, aventuras estão muito ligadas a viagens e comunicação com pessoas. Dentro dessa perspectiva eu gosto de me aventurar, principalmente nas duas selvas que eu conheci e que mais me assustaram, A Grande Fortaleza e A Grande Recife.

Teve uma vez que eu enviei minha irmã para tentar uma vaga como goleira do time do Caucaia, foi uma aventura e tanto para ela, mas para eu não ficar sem nem um pouquinho dessa experiência ela fez o favor de esquecer nossa bola lá. Eu tive que ir para Fortaleza por algum motivo e aconteceu que as passagens de ida e volta até Caucaia saiam mais barato do que comprar outra, então eu fui resgatar a bola. Eu nunca tinha ido a Caucaia e minha irmã não tinha o endereço muito exato do lugar onde a bola estava, era uma casa que servia de alojamento para as atletas. Mas eu tinha um plano.

Pegar o ônibus e ficar olhando pela janela até chegar a um lugar parecido com as descrições que eu vinha ouvindo do lugar onde ela tinha se hospedado. Estava lá eu no ônibus que eu tinha pego em Fortaleza, mas já tinha chegado em Caucaia, são dois municípios diferentes, em dado momento tive o estalo: deve ser por aqui.

Puxei a corda e saltei do ônibus. O próximo passo do plano era procurar um siber. Nesse tempo a gente pobre se comunicava indo até um siber, que era um lugar onde usávamos computadores e chegando lá nos comunicávamos por e-mail e MSN. Quem não souber o que é, pesquise depois. Me disseram onde ficava o siber mais próximo e fui até lá.

Cheguei e pude seguir com o próximo passo, descrever minha irmã para o dono do siber. Ele lembrou quem era e me indicou onde ficava o alojamento. Chegando lá me apresentei e resgatei a bola. Missão cumprida!

Apesar de nosso país ser propício para esse tipo de aventura tem um defeito muito grave. É muito território com gente falando a mesma língua. Eu vejo as postagens de Max Petterson na internet, o bicho se desloca como daqui em Fortaleza, saindo de Paris e já chega em Berlim. Que fala outro idioma completamente diferente. 

Claro que onde eu moro tem gente que fala outras línguas, mas eles também falam português aí não tem graça. 

Sobre línguas deixem eu contar outra história. O texto vai ficar grande, se estiverem ocupados voltem para ler outra hora, mas não deixem de ler até o final porque vai ser interessante. Eu gosto de comprar pastel em um povo chinês. Minha mãe não gosta porque é muito salgado, mas já eu, se não estiver em um momento de dieta rígida não me importo. Dizem que o Tic Toc dos chineses só passa coisas inteligentes, mas um dia eu fui comprar pastel já perto da hora de fechar e fiquei comendo lá. O chinês estava assistindo vídeos de Tic Toc em uma língua que eu não sei qual é e se acabando de rir. Se eram vídeos sobre matemática, então eles fazem vídeos sobre matemática muito engraçados. Nesse dia eu perguntei que língua eles falavam e a mulher lá que também é chinesa respondeu, mas eu não entendi, então não serviu de nada. Não é chinês antes que alguém diga que é. Eu acho que é dialeto de Wuhan, mas não tenho certeza e não ia ficar pedindo para ela repetir até eu entender.

Então voltando ao meu "problema" moro nesse país gigantesco de uma língua só e também não tenho muito interesse em me aventurar em lugares que falam espanhol porque é parecido demais, não é instigador o suficiente. Isso complica muito uma viagem para um lugar que fale outra língua, porque exclui a chamada América Latina inteira, sobra a América Anglo-saxônica. O lugar mais visitado por brasileiros na América Anglo-saxônica é Miami, mas dizem que lá falam mais espanhol e português que inglês aí não adianta. 

O primeiro lugar fora do Brasil que eu gostaria de desembarcar é Toronto no Canadá. Mas a cidade estrangeira que eu tenho mais vontade de visitar é Edmonton, também no Canadá. Tenho dinheiro para isso? Evidente que não. Não tenho dinheiro nem para ir para Fortaleza, quanto mais esses lugares lá longe, mas mesmo assim me obrigo a estar sempre me preparando para essas viagens. Porque se não for assim, não vou encontrar motivação para estudar inglês. Eu venho estudando inglês no Duolingo há dez anos, mas nunca conseguia perseverar  na chamada ofensiva, tudo mudou no dia que eu comprei alguns dólares canadenses. Desde então eu tive algo material para segurar e me motivar. Por causa disso estou em uma ofensiva de 446 dias. Daqui para a publicação deste texto vão ser mais.

Uma das minhas notas, a de maior valor que é de CAD 20, (vinte dólares canadenses), tem a imagem da Elizabeth. Porque a rainha da Inglaterra era a chefe de estado do Canadá. Agora é o tal do rei.




Tenho uma nota dessas.




Eu não tenho apreço nem um por realezas nem aristocracias de maneira geral. Mas eu tinha uma certa simpatia pela Elizabeth, agora que ela morreu por mim podem acabar todas as monarquias do mundo, não me farão falta.

Apesar de eu desprezar essa basteirada de realeza e nobreza, aconteceu que mesmo depois da morte de Elizabeth ainda sobrou uma pessoa considerada da nobreza com quem eu me importo. Essa pessoa nasceu em um país chamado Tailândia. Recebeu o nome normal de Nisha Yontararak.

A mãe de Nisha Yontararak, consultou algum tipo de pessoa mística que profetizou que o futuro daquela bebê que ainda ia nascer seria no exterior e a mãe decidiu escolher um nome extra para ela que fosse fácil de pronunciar em qualquer lugar do mundo, um nome que não seria colocado no registro, seria apenas como um apelido. Foi assim que antes de nascer Nisha Yontararak já tinha também um nome artístico, Minnie! Ou Rato Minnie. Isso mesmo. A mãe de Nisha deu a ela como apelido o nome da icônica personagem de Walt Disney.

A Tailândia no tempo em que Minnie nasceu era uma democracia muito frágil, hoje eles regrediram para ditadura militar, mas desde muito tempo existe um rei. Os governos democráticos ou ditatoriais vão e vem mas não retiram o rei que tem um papel apenas simbólico. 

A família Yontararak é uma das famílias mais ricas daquele país, e eles são considerados nobres pelos  setores mais  ignorantes da população. Aí começa a parte complexa da história. Os próprios Yontararak não se consideram nobres. Eles são pessoas muito estudadas e veem estruturas sociais com divisão de castas como algo ultrapassado. Apesar de ter algum parentesco com o rei e de ter membros da família com títulos nobiliárquicos, eles se esforçam para fugir da alcunha de aristocratas. Preferem ser vistos como trabalhadores e por isso apesar de não precisarem, já que são riquíssimos, trabalham bastante.

Esse fenômeno do aristocrata que tem vergonha de ser aristocrata é recente e curioso, e se vocês acham que eu vou explicar porque isso acontece eu lamento, porque eu também não entendo. Mas é algo que eu me debruço sobre todos os dias, principalmente através da observação dessa pessoa, a Nisha Yontararak Rato Minnie. Espero que vocês leitores já tenham percebido desde o título que esse é mais um texto falando de Kpop, mas mal do que bem é verdade, mas vou falar de Kpop. Esses textos com títulos "A menina que", foi a forma de explicar porque eu passo tanto tempo consumindo conteúdo relacionado a esse assunto, esse já é o terceiro texto elaborado, mas nos meus textos diários o assunto termina aparecendo também. Vou colocar links caso vocês não tenham lido os anteriores e queiram ler.

Eu resolvi chamar o primeiro texto, que na verdade foram dois de "A menina que não quis fazer ENEM," porque na Coreia do Sul, uma pessoa avisar em casa que não vai fazer faculdade é um verdadeiro drama. A decisão da Capitão Soyeon, eu vou chamá-la assim porque é um jeito que ela gosta de ser chamada, a Capitão Soyeon ao decidir que não ia fazer ENEM, tomou a grande decisão de sua vida. Já a Minnie quando avisou em casa que não ia fazer faculdade com toda certeza não causou nem uma surpresa e nem houve drama. Diante da missão que essa família assumiu de se apresentar ao mundo como trabalhadores e negar a taxação de aristocratas ou nobres, decidir ir tentar a sorte no estrangeiro foi com certeza uma decisão que encontrou apoio total da família. A música também não é algo estranho aquela família já que do lado materno existe um monte de artistas e a Minnie estuda música desde bebê.

Foi assim que a Rato Minnie se mudou para a Coreia do Sul, para tentar a sorte na cena musical mais sem futuro que existe, o Kpop. Sem saber falar coreano é bom lembrar. Vou continuar contando essa história outro dia.


Até.


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             Tenho aulas de Judô na Ikigai Dojô em Crato, Ceará e sou atualmente 3º kyu (faixa laranja).

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             Pretendo lutar no Campeonato Cearense 2024 - 2ª etapa, no dia 27 de julho.

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