Remoto e Presente. Parte 2.

         Remoto e Presente. Parte 2.


        Parte 1 aqui.


Tela do meu computador rodando o software Megaman X4 Sony Playstation.




Olá leitores.


Cheguei da aula de judô agora. Consegui treinar com ressalvas. Sempre que era algo muito pesado eu não fazia, e na hora das lutas não lutei. Minha amiga Vitória também não conseguiu lutar.

Quarta-feira passada pela manhã. Quando eu ainda estava preparando a minha viagem. Recebi mensagens da mãe de Vitória dizendo que ela não ia viajar para lutar em Fortaleza. Foi um choque e uma decepção para mim. Falei que era muito triste, que esse campeonato era muito importante e que tão em cima não tinha mais o que eu pudesse fazer.

Quando foi na quinta-feira. A mãe de Vitória falou comigo de novo, dessa vez para dizer que ela ia sim, tinham conseguido inscrever ela naquela mesma quinta. Ela e a mãe iriam viajar sexta à noite para chegar lá no sábado de manhã.

Mas voltando de onde eu parei no último texto. Sexta-feira lá pelas três da tarde eu comecei a achar que não ia chegar no ginásio a tempo de me pesar. A pesagem estava marcada para terminar às seis da noite e o ônibus estava programado para chegar na rodoviária de Fortaleza às cinco e meia da tarde. Mas não parecia que ia dar certo.

E quando ele foi entrando na capital depois de passar por muito mato e encontrar um trânsito pesado ficou mais claro ainda que eu não ia conseguir chegar a tempo. Mas eu terminei decidindo que ia para o ginásio mesmo assim. Para tentar me pesar mesmo depois do horário e para conectar o celular descarregado na tomada e mandar as mensagens que eu precisava mandar.

Pois então. O ônibus chegou na plataforma de desembarque às seis da noite. Meia hora depois do prometido. Peguei minha mala no bagageiro rapidamente. Eu estava sentado na primeira fila e saí rápido.

Do lado de fora da rodoviária da última vez que eu tinha chegado lá, em julho, tinha uns caras com adesivos do 99 e da Uber no carro e nas roupas. Mas parece que foram escorraçados. Não tinha mais nem um. Agora só tem táxi e moto táxi. Odeio andar de moto, mas era a única forma de chegar no ginásio sem gastar muito tempo. Chamar um Uber demandaria conectar o celular numa tomada e fazer toda uma burocracia que não me pareceu razoável.

Peguei uma moto com um senhor de cabelos brancos e fui para o ginásio. Chegando lá não olhei as horas. Só fui correndo para a balança não oficial que marcou 89,7 quilos ainda de roupa. Para bater o peso da categoria em que eu tinha me inscrito o máximo era 89,9.

Enquanto procurava a balança eu tinha visto o presidente da Federação. Depois de me pesar fui correndo atrás dele e contei minha situação.

Ele explicou que tinha acabado já. Eu disse que tinha pedido pesagem especial. Ele e outro membro da Federação disseram que a pesagem especial era às sete da manhã do dia seguinte. 

Perguntaram se eu ia lutar no dia seguinte e eu respondi que sim! Porque a maioria dos veteranos ganha sem lutar. Já éramos poucos e desde que um lutador veterano morreu em 2023 exigem um monte de exames caros e ficou muito difícil ter um adversário. Mas eu tinha um adversário e disse a eles. 

Alguém disse: "pois essa é a única luta na abertura amanhã".

O presidente então mandou fazer minha pesagem.

Na balança oficial pesei 89,9. Se eu não tivesse batido o peso ia ser uma chatice. Veteranos não são eliminados por não bater o peso, são multados e inscritos na categoria seguinte. Mas sei lá se ia dar certo fazer isso. Tinha um inscrito na categoria de cima, a -100.

Já pensou. Chegar achando que só vai pegar a medalha e descobri que subiram um adversário da categoria de baixo e você vai ter que lutar.

Mas isso não interessa. Se deu certo, pronto! A gente tem que fazer igual a menina do Dandadan, sorrir e passar para o próximo desafio.

Conectei o celular na tomada, finalmente mandei mensagem para minha mãe. A anfitriã tinha me mandado mensagem claro. Respondi que estava no ginásio indo para lá. E fui!

Eu estava muito interessado em ter notícias de Vitória mas não valia a pena tentar saber dela antes de chegar no apartamento.

Vou para por aqui.


Até.


PS: Ontem eu estava tão cansado. Que praticamente desmaiei muito cedo. Aí acordei de madrugada. Durante o dia enquanto estava cansado terminei me lembrando que na verdade eu tinha conhecido a personagem Sakura Kasugano durante o Ensino Médio. Em um dia que eu e dois colegas fomos na locadora de Fátima testar um computador chamado Sega Dreamcast. Uma maldita modinha. O bicho sumiu em pouco tempo. Mas naquele dia era uma novidade. E nós jogamos por duas horas um jogo com os personagens da Capcom, Ryu e outros e com uns personagens esquisitos, que pareciam ocultistas japoneses. Fátima é uma mulher, não é um local. Eu terminei vendendo um apartamento para ela depois de adulto, mas então. Nessa época ela era dona de uma locadora de computadores que os brasileiros chamam de videogame. Estudar japonês às vezes me deixa confuso. Porque nós chamamos computador de videogame meu Deus? Não faz sentido. Videogame é uma função, não devia nomear o aparelho. Mas independente disso. Jogamos o tal jogo. Você formava equipes de quatro slots. Aí tinha boneco que preenchia um slot, outros que preenchiam dois e outros que preenchiam três. 

Esse dia foi muito divertido. Em algum momento alguém escolheu uma menina que tinha uma faixa igual a do Ryu na cabeça e soltava Hadouken. Eu fiquei impressionado, porque não conhecia. Eles explicaram que era muito difícil jogar com ela porque o alcance era baixo então não joguei mas guardei esse dia na memória por esses sei lá quantos anos.

Semana passada terminei descobrindo que aquela personagem podia ser jogada em um software de Super Nintendo e tenho treinado com ela todo dia. Na verdade, durante a viagem para Fortaleza não teve como, mas assim que cheguei liguei o computador e fui soltar uns hadouken.

Mas ontem de madrugada encasquetei de tentar jogar aquele jogo que eu tinha jogado naquele dia durante o ensino médio. 

Fui conversar com o Chat Não Sei o que PT. 

Ele ficou extremamente esquecido nos últimos dias. Antes ele sabia quem eu era e o que eu estava fazendo, agora tenho que me apresentar toda vez. 

Mas aí eu perguntei pelo software e ele disse que devia ser Capcom vs SNK 2000.

Aí eu fui ver e além de ter saído para Sega Dreamcast e para Sony Playstation ele também tinha saído para uma placa mãe de fliperama da Capcom.

Instalar software de fliperama é um inferno. Mas eu resolvi tentar mais uma vez. Briguei um monte com o Chat Não Sei o que PT. Tinha hora que eu seguia o que ele dizia e não dava certo. E tinha hora que eu lia o passo a passo que ele tinha proposto e eu já reclamava que com certeza estava errado e não ia dar certo.

— Tu não tá vendo que isso aí tá incompleto? Que não tem como dar certo.

— Você tem razão, não sei o que, não sei o que.

Ele terminou concordando com minha revolta falando que era natural minha frustração, e que talvez fosse melhor desistir e tentar de novo outro dia.

Mas aí eu decidi perguntar pelo software da Sony. Eu disse:

—Playstation também é uma porcaria de instalar não é? 

Aí ele falou que não, que as placas de fliperama são mais difíceis de emular e não sei o que. Aí eu fui tentar instalar o software da Sony e depois de algum enchimento de saco consegui!

Aí instalei o jogo que eu tinha jogado lá no Ensino Médio. Nesse jogo a Sakura Kasugano é bem fraquinha, porque só preenche um slot. O hadouken só vai a uma distância muito curta. 

Também instalei o mesmo título que eu já estava jogando na versão do Super Nintendo. Eu prefiro jogar Super Nintendo. A luta no Playstation é mais fluida mas todo o resto é travado.

E também instalei o Megaman X4, que eu considero o software de jogo mais judô de todos, eu só não tinha instalado ainda porque não sabia como e estava me virando com o Megaman que é um pouco menos judô.

E foi isso. Depois fui dormir. 


PS2: O Post Scriptum ficou maior que o texto principal. Mas é que contar algo que aconteceu entre mim e as máquinas é muito mais fácil que contar algo que envolveu múltiplos seres humanos. Eu peço compreensão.


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        Tenho aulas de Judô na Ikigai Dojô em Crato, Ceará e sou atualmente 3º kyu (faixa verde).

             
Estou planejando um projeto de judô inclusivo chamado Judô no Escuro. Pretendo ir contando mais com o passar do tempo. 

Também conto sobre meus treinos e lutas. Ainda não sei quando vou voltar a lutar mas tomara que não demore muito. 

Para continuar lutando e escrevendo preciso de sua ajuda. Ler já é uma ajuda então obrigado. Divulgar é muito bom. Ajuda em dinheiro também.




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A gata Lua. Está com leucemia (FELV).


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