Remoto e Presente. Final

Remoto e presente. Final.




Minha porta nova.



Olá leitores.


Meu computador está com um problema chato. O crtl fica se apertando sozinho. Eu achava que era um problema na carcaça do notebook. Aí fiquei penando para desabilitar via software. Até que consegui! E o problema continuou. Não era isso. Além disso fica só aparecendo mensagem que preciso trocar até outubro porque vão parar o suporte. Essas porcarias são sempre assim. Querem obrigar a gente a estar sempre comprando um novo. Malditos vigaristas. Mas é como eu disse a alguém esses dias. Minha prioridade é o judô. Se me ajudarem vou investir no judô. Vou seguir a troncos e barrancos. Se esse computador quebrar, digito em um celular, me viro de qualquer jeito.

O machucado no braço, vários aborrecimentos pelos quais passei e a obra aqui em casa me atrapalharam de escrever. Mas pelo menos agora eu tenho uma porta de quintal. Preciso construir um murinho e derrubar umas construções em ruinas. Por enquanto não há recursos para isso. Apesar das ajudas precisei me endividar levemente por causa dessa obra. Eu pretendo construir minha academia de judô aqui, essas reformas que tenho feito são apenas as mais urgentes para não cair tudo de forma desordenada.

O crtl travou. Mas estava tudo salvo. Não perdi nada. Fechei o usuário e abri duas vezes para consertar. Desse jeito talvez eu volte a sala da OAB depois de cinco anos sem ir lá. Para digitar lá.

Quinta-feira teve aula de judô. Foi a volta depois do carnaval. Foi muito puxado tanto para mim quanto para Vitória. Ela está sendo a única menina na turma o que é bem desafiador. E quinta eu era o único veterano, o que também trás suas dificuldades. Eu pelo menos tive a perspicácia de me ejetar do treino assim que passou de um certo ponto. Vitória foi até o fim.

Desde sexta-feira tem uma foto dela no outdoor da parede do colégio Diocesano onde ela estuda. Sexta-feira de carnaval. Mas só na quinta-feira última quando passavamos em frente vindo da aula de judô foi que ela finalmente se viu. Ela ficou muito contente.

Agora travou o backspace. Imagine ter recursos para pegar um computador desses jogar no lixo e comprar outro. Mas paciência. E tome chuva. Se travar de novo vou jogar videogame. Pelo menos isso, durante o jogo esse problema não tem acontecido.

Agora, além de travar a chuva engrossou e faltou luz. Voltou imediatamente mas já deu. Vou salvar no e-mail e continuar em um computador da OAB.

Não fui para o fórum ainda. Estou digitando no celular. No aplicativo de edição do Blogspot.

Voltando onde eu estava contando de minha viagem. Depois de lutar pedi para Vitória e a mãe me fotografarem. Já se vai quase um mês e eu ainda não peguei essas fotos. 

Eu não tinha como assistir a luta de Vitória. Prometi acompanhar pela plataforma. Que só mostra os pontos e os resultados. Voltei para o apartamento. Comi. Limpei o lugar. Faltando 50 minutos tranquei o cadeado com a chave dentro e sentei no corredor para pedir um Uber. Ficava aparecendo vários problemas. Mas principalmente: "não temos motoristas no momento, tente mais tarde." 

Como você vai tentar mais tarde se tem um compromisso naquele momento. Aparentemente a saída do ônibus mais barato acontece em um momento em que não tem nada. Nem ônibus nem Uber nem taxi. Nada! Impressionante como isso acontece com uma capital. Faltando meia hora saí correndo arrastando minha mala. Navegar naquela cidade é um saco. Com muita dificuldade cheguei pela saída de ônibus, por onde passageiros não podem entrar. Fazendo uso da perícia diplomacia entrei por lá mesmo. Cheguei na plataforma dez minutos atrasado. O ônibus já tinha saído.

Como eu tinha prometido dar sinal de vida a minha mãe ao embarcar eu estava a dez minutos atrasado de falar com ela. Mas não queria fazer isso antes de marcar outra passagem.

Voltei pela catraca fingindo para os funcionários que tinha entrado por lá e fui ao guichê? Aquilo não é bem um guichê mas também não é um lounge. É uma loja com cadeiras.

Peguei a senha só para perguntar o valor do prejuízo. Desde que vinha puxando a mala pelo meio da rua vim me lembrando de uma conversa que tive com o adversário. Porque ele é do Juazeiro do Norte, vizinho ao Crato onde moro. Ele tinha dito que só havia passagem para domingo de manhã. Mas a funcionária disse que tinha passagem para seis e meia da noite. Eu teria que pagar uma multa por ter perdido o ônibus mais uma diferença. Juntando tudo dava 50 reais. Eu só tinha os 20 reais do Uber, que não tinha usado porque fui a pé. 

Mandei mensagens pedindo 30 reais. Me ajudaram. Voltei a fila e comprei a nova passagem. Só então mandei mensagem para minha mãe dizendo que ia sair seis e meia e chegar quatro da manhã. No ônibus barato mesmo saindo muito antes eu só ia chegar umas duas da manhã. O horário de chegada mudou pouco.

Minha mãe perguntou se eu tinha mudado para voltar no mesmo ônibus que Vitória. Eu disse que não. Tinha mudado porque confiei no Uber e perdi meu ônibus. 

Passei 27 minutos sem dar notícias. Uma eternidade.

Não que eu mande mensagens constantes. Mas eu tinha marcado de mandar em um horário e me atrasei.

Resolvido a questão da passagem eu procurei um lugar para esperar o ônibus. Saí da rodoviária e fui até um posto de gasolina. Lá tinha uma loja de conveniência. Comprei uma água. O plano era embarcar sem um centavo no bolso mas recebi algumas ajudas a mais. Comprei a água e botei a senha do Wi-Fi no celular. Fiquei lá por horas.

Quando eu calculei que Vitória e a mãe já tinham chegado na Rodoviária voltei e as encontrei. Ela ganhou duas lutas e pegou prata. Realmente íamos voltar no mesmo ônibus e em poltronas próximas. Mas eu não escolhi nem ônibus nem lugar. Eu só queria voltar para casa por onde fosse possível. 

Depois de um tempo deu a hora de embarcarmos. Encontramos meu adversário que ia voltar no mesmo ônibus e sentado próximo também. Ele disse que tinha aparecido vaga para voltar no mesmo dia. O pessoal de Iguatu, um professor e dois alunos embarcaram e sairam antes da gente.

O ônibus executivo é bem menos cansativo que o convencional, pelo horário e porque para menos. As poltronas são iguais. Quando vi a lista de Wi-Fi no meu celular percebi o pessoal compartilhando pontos de internet, mas ativei o modo avião, coloquei meus fones e só ouvi música.

Quando faltava umas duas horas para chegar em Iguatu, me acordaram em uma parada. Eu não durmo o tempo todo mas nessa hora adormeci. Só pelo tempo de uma passageira me incomodar para sentar do meu lado. Tive que tirar o cinto e se levantar. O povo não sabe nem pular por cima de um cidadão de 90 quilos, preciso sair do meio. Enquanto abria o cinto e me levantava vi o povo de Iguatu que tinham saído na frente subindo no ônibus. Aparentemente o veículo deles precisou ser substituído. 

E essa foi a última alteração. Eles desceram em Iguatu. Nós descemos no Crato. O pai de Vitória estava lá. Eu acompanhei eles até a entrada de casa. Que é meu caminho. Cheguei em casa e encontrei meus gatos. Liguei o computador e fui jogar videogame antes de dormir. Mandei mensagem para minha mãe. Quando amanheceu mandei mensagem para anfitriã. Só despertei de vez lá para as dez. Não lembro se comi algo antes das dez. E pronto. Não quero ir para Fortaleza de novo antes que se passe um ano. Mas talvez viaje em abril para algum lugar mais perto. 



Até. E obrigado. Terminei o texto pelo celular mesmo. Editar vai ser um saco. Vou me dar umas três fichas de fliperama por isso. Eu vinha quebrando minha cabeça pensando como colocaria um fliperama em minha academia. Pensando em colocar um leitor de fichas analógico. Ou um leitor de cartão de crédito. Ou um leitor de digital ou rosto. Ou um sistema com senha. Mas no fim não vai ser nada disso. Vai ser só um cofre. Cada um que tenha a consciência de só jogar enquanto tiver fichas. Um treinamento ético. Quem trapacear nisso vai ganhar um belo asterisco em seu registro. Marcado como corrupto e indigno de confiança. Quem rouba fichas roubará dinheiro assim que tiver oportunidades. Assim disse Jesus Cristo. Mas com outras palavras.

PS1: Não tive tempo de elaborar o motivo do título do texto. Mas é basicamente uma crítica há mim mesmo do tempo que eu achava que competição pela internet valia de alguma coisa. Competição remota. Não vale de nada. Competição que vale é presencial. Face a face. Por isso que viajar por mais difícil que seja é inevitável. Para quem precisa competir.


Pix: diegosergioadv@gmail.com




Minha medalha de prata






        Tenho aulas de Judô na Ikigai Dojô em Crato, Ceará e sou atualmente 3º kyu (faixa verde). 
        Saiu uma data de luta para mim, 4 de outubro. Mas tenho esperança de lutar antes. 
        Estou planejando um projeto de judô inclusivo chamado Judô no Escuro. Pretendo ir contando mais com o passar do tempo. 


               E-mail e Pix: diegosergioadv@gmail.com
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A gata Lua. Está com leucemia (FELV). Está estável mas só consegue comer sachê, o que saí bem caro.








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