Brasil contra Brasil
Olá leitores!
Como venho falando em meus textos, eu estava muito animado para o Grand Slam de Tóquio na esperança de que Jéssica Lima desse seu primeiro passo em competição internacional para se tornar a ponta de lança da categoria -53. Pois bem. Na madrugada de sexta para sábado o momento das lutas finalmente chegou!
Antes disso eu finalmente voltei a treinar, depois de ter extraído um siso e ficado de recuperação por vinte dias. Fiquei indo para as aulas de judô e fiquei lá treinando sozinho. Ainda não voltei a treinar tendo contato com os colegas. Nos meus treinos longe do tatame já voltei a correr e levantar peso.
A minha gata Lua que foi diagnosticada com Felv voltou a comer ração seca mas continua com aparência frágil. E a outra gata Trinity continua em quarentena na casa de minha mãe.
Continuo focado em lutar no dia 22 de fevereiro em Fortaleza (data provável). Janeiro vai ser um mês de muitos gastos. Anuidade, inscrição e passagens. Os fóruns estão quase entrando em recesso, ou como alguns advogados falam, férias não remuneradas. Minha equipe vai entrar de férias depois dos exames de faixa, mas eu vou seguir treinando. Quem quiser treinar comigo seja físico ou teórico é só chamar. Tenho estudado bastante legislação esportiva, estou pronto para atender consultas, e redigir contratos e outros documentos nessa área, enquanto estudo maneiras de me aprofundar ainda mais na área esportiva.
Mas vamos voltar ao que eu assisti esse fim de semana. As lutas começaram às 22 hs e 15 no Brasil. 10 hs e 15 da manhã no Japão. Acredito que Jéssica Lima passou da primeira fase sem lutar. Nas oitavas de final ganhou com um rápido tai-otoshi. Que foi imediatamente compartilhado pelas redes sociais da Federação Internacional de Judô. Aí nas quartas de final ela foi enfrentar outra brasileira. Bianca Reis.
A Confederação Brasileira de Judô tem um documento chamado "Critérios de Convocação". Nesse documento eles enumeram vários critérios para indicar qual lutador está na frente do outro em uma categoria, mas esse documento é muito sucinto em afirmar que o confronto direto é o principal critério. Então derrotar o compatriota que também disputa a vaga de titular olímpico é muito importante.
Na hora da luta entre Jéssica Lima e Bianca Reis eu já estava com muito sono. Eu sei que Jéssica Lima fez um Wazari, mas não me lembro como. Para assistir de novo você tem que pagar uma fortuna, porque era pela JudoTV não pelo Youtube. Depois Bianca Reis começou a derrubar Jéssica Lima várias vezes. Não fazia ponto, mas aparentemente a Jéssica se cansou. Quando o tempo estava acabando Bianca Reis segurou Jéssica Lima em um ura-gatame. Não parecia que estava muito seguro, mas passaram-se os vinte segundos e Bianca Reis ganhou a luta.
Que tristeza. Vinte mil reais de passagem para ir lá para o outro lado do planeta perder para outra brasileira. Você deve estar pensando, "mas a Confederação paga". Paga, mas anota cada centavo que gastou em uma caderneta, e fica cobrando. Não o dinheiro, mas resultado. É o famigerado: Investimento Por Ponto. IPP
Jéssica Lima foi para a repescagem, Bianca Reis foi para a semifinal. As duas lutas estavam para começar e serem ao mesmo tempo. Como a prioridade é o Brasil e não minha preferência por atletas, fui assistir a luta da brasileira que ainda tinha chance de ouro. E ela perdeu. Eu não lembro nada da luta. Já devia estar dormindo sentado. O Brasil terminou a participação sem medalha nem uma. Eu ainda não assisti as finais, porque ficam no Youtube então vou deixar para assistir depois. Na verdade a derrota da Jéssica Lima para uma brasileira e consequente perda da primeira posição como titular me deixou bem chateado. Mas esporte é isso. Se a gente fosse assistir já sabendo o que ia acontecer não era esporte, era novela repetida.
A temporada da Fórmula 1 acabou naquele circuito de Abu Dhabi que é muito sem graça. A corrida começa de dia e vai anoitecendo. Lá para o meio já é completamente noite. Nem isso salva a corrida de ser sem graça. A McLaren ganhou o campeonato de Construtores com a Ferrari em segundo. A ida de Hamilton para a Ferrari ano que vem deixou a Globo animada. Eles correram para voltar a transmitir, mas não conseguiram, ano que vem vai ser na Bandeirantes de novo.
Depois que a Fórmula 1 acabou fui ver o Mundial de Xadrez, gravado. Já tinha acabado a partida. E foi sensacional. Não ser ao vivo não muda nada. Passaram os indianos comemorando o lance decisivo com danças e chuvinhas. O Mundial de xadrez está legal demais, e ainda faltam duas partidas.
As passagens para minha próxima luta custam menos de 250 reais. Passam longe do preço de passagens para o Japão. Quem sabe um dia. Mas se eu viajar para lá vou querer enfrentar japoneses. Coisa triste ir para tão longe para perder para brasileiro. Ainda não me recuperei da decepção. Espero que a Jéssica Lima reaja.
Até.
PS: Por algum motivo a Abe Uta não estava lutando mas estava assistindo ao lado do namorado.
Meu plano é ensinar sobre esporte e guerra através do xadrez e do judô.
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