Paris 2024

          Paris 2024



Carro de Fórmula 1 que venceu uma corrida durante os jogos olímpicos de Paris de 2024



      Ontem teve Fórmula 1. Eu estava um pouco doente e muito cansado da viagem que fiz para lutar judô em Fortaleza. Mas acompanhei mais uma vitória de Hamilton. Que aconteceu de  maneira inusitada, com o carro do companheiro de equipe dele, o também inglês Russel que chegou em primeiro lugar sendo desclassificado porque estava abaixo do peso mínimo. O carro foi desclassificado e o piloto caiu junto, porque na Fórmula 1 o carro é mais importante que o piloto e precisa estar dentro das regras.

Segundo os registros gregos desde 680 antes de Cristo corrida de carros é um esporte olímpico. O carro deles não era movido a um motor de combustão ou elétrico, mas era movido por quatro cavalos. Todo mundo sabia que os cavalos eram os verdadeiros atletas, então o prêmio de campeão olímpico era dado ao dono dos cavalos e não ao piloto.

A Fórmula 1 é vista com descrença por muitos puristas que nem a consideram um esporte. Muito menos olímpico. A FIA responde a esses fazendo questão de sempre organizarem uma corrida durante as realizações dos jogos olímpicos de verão. E quando perguntam vocês não vão para por causa dos jogos? Ele respondem que não, porque também são um esporte olímpico.

Eu gosto dessa questão porque embora os organizadores dos Jogos Olímpicos modernos o Comitê Olímpico Internacional tenha seu mérito, também não devem ser poupados de críticas. O COI surgiu com a intenção de ser um incentivador do esporte amador. Com a regra que proibia atletas que fossem profissionais de participar. Embora essa divisão entre amadores e profissionais não fosse clara.

Com o tempo essa ideia foi sendo abandonada. Sobrou apenas a regra de que os atletas não podem ostentar patrocinadores próprios durante a realização dos jogos. O que serve apenas para aumentar a receita do COI e não para garantir isonomia de competição.

Os jogos como conhecemos hoje são uma releitura de um costume grego. De organizar o esporte em ciclos de quatro anos conhecidos como olimpíadas, divididos em eventos que aconteciam na cidade de Olímpia, idealmente de quatro em quatro anos. Embora nem sempre eles conseguissem cumprir a data, eles faziam de conta que tinham conseguido.

Legal a ideia do COI de relembrar esse evento criado pelos criadores da Educação Física e dos esportes como nós conhecemos. Mas ao relembrar precisamos entender que era uma maneira de incentivar a prática de esporte diariamente em todas as comunidades gregas, as polis, que estavam espalhadas nos três continentes que eles conheciam. Europa, Ásia e África.

Nos jogos olímpicos podemos assistir nossos heróis. Herói no sentido de alguém que representa uma nação. Conceito que vem da literatura e da guerra mas que também foi emprestado ao esporte. Heróis que nos representam e nos incentivam a também competir, não necessariamente representando o país porque essa oportunidade é muito rara, mas representando nossas comunidades mais imediatas, nossos parentes e amigos.

Eu tive nesse sábado a oportunidade de lutar representando minha equipe de judô em um campeonato estadual. Quando eu tinha seis anos de idade e vi judô pela primeira vez, nos jogos olímpicos de Barcelona. Achei que era um esporte triste. Porque a luta entrava na hora das propagandas e às vezes o lutador perdia em poucos segundos. Que esporte rápido! Não tinha ninguém para explicar à criança que eu era que importância e significado não estão ligados ao tempo de duração. Mas providencialmente eu cheguei a essa conclusão depois de crescido.

O curto espaço de tempo em que eu representei minha equipe sábado em Fortaleza foi muito significativo. Ter acontecido ao mesmo tempo em que nossos heróis representavam nosso país lá em Paris teve mais significado ainda.

Eu tive a oportunidade de na sexta-feira assistir um pouco da abertura dos jogos de Paris. Achei incrível! Eles ao em vez de mostrar um estádio ficaram mostrando a cidade. Uma cidade velha, suja e feia, mas também nova, limpa e bonita. Um contraste a céu aberto. Nem tão diferente assim da nossa Fortaleza. Teve gente que odiou essa abertura porque disseram que só dava para assistir bem de um telão e que quem estava lá não teve o privilégio de assistir de uma maneira muito superior a quem estava em casa. 

Se foi só por esse motivo então foi um sucesso. Quem está em casa não tem que ter uma experiência inferior a quem está lá. Porque deveria?

Eu queria continuar agradecendo aos que fui representar em Fortaleza. Começando como é óbvio pela minha equipe,  citando nominalmente os professores que fizeram minha inscrição, Sensei Eudiane e Sensei Carlos. 

Seguindo por aqueles que lutaram randori comigo na semana mais importante de Treino, Deuseliton e Augusto.

Quero dar um agradecimento muito especial aos Irmãos Vitória e Luiz. Que correram para me desejar boa viagem quando eu estava indo pegar o ônibus e claro a mãe deles Aparecida.

Ao meu companheiro de delegação Oldak.

A todos os outros membros da Ikigai judô obrigado!

Agora aos que não são parte da  minha equipe de judô mas que foram muito importantes. Minha mãe Fátima. Que ajudou tanto, com tantas coisas mas com destaque para a minha dieta. Obrigado mãe.

Ao professor Xavier que está numa linda jornada ao país mais olímpico que existe hoje, a Austrália. Seu apoio foi fundamental irmão! E as imagens desse país lindo que tanto celebra o legado dos antigos gregos foram uma grande inspiração. Principalmente o elmo de Aquiles que você fez questão de me mandar imagem dizendo que lembrou de mim ao ver.

A minha senpai Brenna! O povo do judô fora do Japão tem o hábito de não chamar faixas pretas de senpai e sim de sensei. Mas senpai é uma forma carinhosa de chamar pessoas mais veteranas que você então. Obrigado minha senpai! Você me salvou quando meu sonho estava vazando pelas pontas dos meus dedos. Suas palavras foram  muito valiosas, assim como as instruções do que fazer enquanto estava sem comer e beber água para bater o peso. Nessa condição a gente não raciocina direito então sua liderança foi fundamental.

A doutora Jale minha anfitriã que me recebeu em seu lindo imóvel e me deu apoio muito além do que eu esperava. Judô é um esporte maravilhoso querida, acidentes acontecem mas na verdade são raros e crianças não se estrangulam, nem idosos. Eu decidi lutar em uma categoria um pouco perigosa porque eu precisava dessa experiência mas o risco foi calculado.

Ao meu amigo Vicente do Forró Raiz, obrigado pelo apoio. Não pude ir para seu show no palco da URCA porque estava cansado de tanto treinar mas espero lhe ver em breve.

Aos meus outros parentes que me apoiaram, meu pai Henrique e meus avós Marlucia e Francisco.

Aos meus leitores. Eu nem tenho como saber quem são porque a maioria deixa a visualização mas não o nome. Agradeço a Pri  que é a mais comunicativa em nome de todos vocês.

E aos que eu não representei mas que foram importantes, a Federação Cearense que organizou esse evento, com destaque para os dois parceiros que deram um jeito de pegar minha medidas de peso o mais rápido possível na sexta-feira e a criança que me emprestou o celular para eu ver a cor que eu ia usar para lutar. Não sei o nome, nem de que equipe era e talvez nem reconheça quando ver de novo, mas você estará em minhas orações.

Precisei de todas essas pessoas para viver esses segundos tão importantes, mas explico que os meus ciclos de treinamento assim como as olimpíadas duram quatro anos. Esse foi o primeiro evento de pelo menos oito em que lutarei em preparação ao próximo ciclo em que pretendo pela primeira vez lutar com um pensamento mais focado em medalha. Quero vencer o brasileiro veterano M3 em 2028 e conto com a continuação do apoio dos senhores.

Pretendo lutar judô de novo ainda esse ano dia 28 de setembro em Juazeiro do norte.




Bons jogos olímpicos de Paris 2024 para todos, e bom ciclo olímpico entre Paris 2024 e Los Angeles 2028. Que vocês vivam muito o esporte nesse ciclo, assistindo e praticando.



Pix, Paypal e E-mail: diegosergioadv@gmail.com




            Sobre meus três anos de aula de judô.         




       Eu percebi que as coreanas que eu costumo assistir celebram muitas coisas com bolo e velas, não só o aniversário de nascimento. Isso me deu a ideia de celebrar o meu aniversário de três anos de aula de judô que vai se completar dia 5 de outubro, um sábado. Seria um bolo com uma vela de três anos, juntos dos meus leitores que moram perto e queiram vir. Para todos os leitores participarem, mesmo os que  moram longe eu planejo preparar uma revista. Uma versão impressa do meu blog.

Para a celebração poder acontecer várias coisas precisam dar certo. Eu preciso passar no exame de faixa que vou fazer em breve, eu preciso conseguir lutar no cearense e na copa Samurai e eu não posso estar doente e nem machucado. E para os leitores receberem a revista, obviamente ela precisa estar pronta. 

Qualquer um de vocês pode me ajudar com a revista, me mandando textos, fotos ou desenhos. Só falar comigo por e-mail ou outro meio. 




            Tenho aulas de Judô na Ikigai Dojô em Crato, Ceará e sou atualmente 4º kyu (faixa laranja).

             Meu plano é ensinar sobre esporte e guerra através do xadrez e do judô.

             Pretendo lutar na Copa Samurai 2024, no dia 28 de setembro.

              Qualquer ajuda é bem vinda, me ler já é uma grande ajuda. Divulgar é muito bom. Ajuda em dinheiro também.




                Pix, Paypal e e-mail: diegosergioadv@gmail.com



                

                Estimativas de gastos para lutar na Copa Samurai 2024:




              Quimono azul: 6 vezes de R$ 43,00.

               Inscrição R$ 120,00

               Passagens R$ 17,60




Cartaz da Copa Samurai 2023 em que participei, pretendo participar novamente esse ano.



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