Memórias

Tailandesa aprendendo a falar "Um filme tem cerca de 36 poses" em coreano. (2022)

  Olá leitores.

        

Hoje é 9 de setembro 23h 33min. Hoje eu fui dormir 2h 30min da manhã assistindo Os Anéis do Poder. Me arrependi. Não se justifica em um mundo onde você pode assistir sua série a hora que quiser ficar acordado para assistir seja lá o que for. Isso era uma coisa que eu sonhava quando criança. Assistir meus desenhos a hora que eu quisesse. Que saco ter que acordar cedo para assistir desenho porque só passava de manhã. Não tenho saudades nem uma daquilo. A maioria das lembranças da minha infância são infelizes. Lembro que ser criança é ser fraco. Qualquer um pode lhe bater e você não tem como se defender. Falam de você como se você não estivesse presente. Brigam com você sem motivo. Te acusam do que você não fez. Não estou falando dos meus pais, mas da infância em geral.

Mas algumas lembranças são boas. O que eu não gostava quando criança eu não gosto ainda hoje. Mas o que eu gostava, sigo gostando. Eu gostava de discos de vinil, câmeras fotográficas analógicas e revistas em quadrinho.

Uma das minhas memórias mais antigas é de antes de eu completar dois anos. Eu lembro que estava no interior de uma banca de jornal. Eu não lembro de detalhes, mas lembro do cheiro. Eu sei porque me contaram depois que eu estava lá porque meus pais trabalhavam lá. Além disso, meu avô paterno é tipógrafo aposentado. Mas quando eu era criança ele estava na ativa. A tipografia onde ele trabalhava, que não existe mais vendia revistas em quadrinho. Quando uma revista completava um certo tempo sem ser vendida. A tipografia devolvia a capa para a editora e dava a revista para os funcionários. Na banca de jornal acontecia a mesma coisa. Por isso, em minha casa e na casa de meus avós tinha um monte de revistas em quadrinho de Maurício de Sousa. Sem capa mas quem se importa. Passei o que pareceu muito tempo, mas que hoje eu sei que foram só alguns poucos anos vendo os desenhos sem conseguir ler. Antes de completar seis anos já aprendi a ler. Leio histórias em quadrinho até hoje.

Como já falei em outros textos, tenho um Kindle e gosto muito dele, mas pra ler histórias em quadrinhos não é bom. Primeiro que é preto e branco e se a história for colorida se perde muito. Depois é difícil de manusear as páginas ou dar zoom. Um celular é muito mais eficiente para ler histórias em quadrinhos do que um Kindle e a revista impressa é melhor ainda. 

Não tenho mais o privilégio de ter um monte de revistas com cheiro de nova como tinha. Mas tudo bem. Estou vivo, estudando e trabalhando. Um dia volto a ter. Por enquanto tenho o celular e o computador com um monte de tirinhas grátis.  


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Sul-coreana olhando vinis em uma loja nos Estados Unidos. (2022)

         Fonte das imagens:

         
         
   




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