Lendo no escuro

            Olá leitores.

            

Samsung J1 mini e Kindle 10ª geração.

Hoje vou continuar falando de papel, mas dessa vez vai ser do papel eletrônico. Ou seja. A tecnologia usada no dispositivo de leitura da Amazon, o Kindle. Eu tenho um kindle 10ª geração. O bicho tem uma tela para leitura que não emite luz na sua cara. Ele apenas se ilumina. Dá pra ler sobre o sol e no escuro. E mesmo desligado mantém uma capa impressa. Gasta pouquíssima energia se ficar em modo avião. Quando estou lendo muito preciso recarregar uma vez por mês. O fato da tela ser em preto e branco não me incomoda nada. Queria um monitor para computador com essa tecnologia mas infelizmente ainda não existe. 

Apesar disso não estou aqui para recomendar que ninguém compre um. Na verdade eu demorei bastante pra comprar o meu, foi só em agosto do ano passado. Estamos em junho. Vim recomendar que vocês façam como eu fiz. Montem uma biblioteca de livros para o Kindle mesmo antes de ter o dispositivo. Vou contar melhor minha história até agora com esse dispositivo e o formato dele, o "mobi".

Quando o Kindle saiu em 2007 eu achei a coisa mais sensacional que eu já tinha visto. Mas eu vi pela televisão. O bicho era caríssimo e nem vendia fora dos Estado Unidos. Eu não lembrava o preço mas consultei o Google agora e vi que custava US$400,00 (quatrocentos dólares). Eu tinha acabado de entrar na faculdade, lia livros em um computador com processador AMD Duron 1200 mhz, que eu baixava nos sibers e gravava em disquetes. Mas os disquetes estavam dando muito problema e eu tive que comprar um pendrive de 2gb a prestação. Aquele pendrive era tão bonito que eu usava no pescoço como se fosse uma joia. Eu não tenho mais. Que pena. Os de agora são todos feios e repetitivos. 

Mas então. Nessa época eu já achava sensacional um pendrive onde eu podia guardar livros. E imaginava ter um dispositivo que além de guardar os livros ainda me permitiria lê-los e no escuro. Era só um sonho. 

Onze anos se passaram.  Agora eu já tinha um computador com processador Intel Core 2 duo 3000 mhz, uma conexão banda larga e um celular Samsung J1 mini. Ou seja, estava lascado. Terminei atrasando duas contas de luz. Era sexta feira. Eu pensava que a empresa de energia nunca ia cortar numa sexta feira. Certamente poderia deixar para pagar na segunda. Mas cortaram. Mesmo pagando na sexta eu ia ter que passar três noites sem luz. Meu lindo Core 2 duo estava inerte. Fui trabalhar no restaurante de sushi que era um dos lugares que eu trabalhava. Carreguei meu J1 mini até 100 por cento. Porque ele ia ser minha única luz e aproveitei pra baixar o Kindle Lite na play store. Hoje só existe um kindle para android que ficou bem mais leve mas na época tinha dois, um normal e outro só para celulares obsoletos. O meu era obsoleto. Na época eu estava lendo a Ilíada de Homero no computador. Comprei um e-book kindle por R$2,00 (dois reais), que era a Ilíada e a Odisseia em um único volume. Uma tradução do século XIX feita por um médico que se envolvia com traduções no tempo livre.  Foi muito louco ler a Odisseia pela primeira vez naquela situação. Foi surpreendente como o aplicativo era bom. Dava pra colocar a fonte do jeito que eu queria. E embora um J1 mini não seja papel eletrônico e sim uma tela convencional que joga luz na sua cara. Com o controle do brilho da pra ler no escuro. Como eu disse no texto passado, a transmissão oral é uma tecnologia obsoleta. Mas era o que tinham antigamente quando o papel não existia. As pessoas compunham poesias para todo tipo de coisa. Desde contar uma história épica a ensinar sobre a criação de porcos. E as duas coisas estão lá na Odisseia.  E eu pude ler mesmo no escuro graças a Amazon, a Samsung, aquele médico que fez a tradução a tanto tempo que já está em domínio público e por isso deu pra comprar o livro por míseros dois reais. Aos árabes que guardaram os livros. Aos romanos que guardaram antes dos árabes. Aos helenos que escreveram, e aos que compuseram o livro em formato oral quando o papel não estava disponível.

É isso. Ainda estou lascado, mas pelo menos tenho um teto e um Kindle. Mesmo que cortem a luz e eu fique no escuro vou continuar lendo.




Link para o livro que comprei naquele dia




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        Tenho aulas de Judô na Ikigai Dojô em Crato, Ceará e sou atualmente 4º kyu (faixa laranja).

             Meu plano é ensinar sobre esporte e guerra através do xadrez e do judô.

             Pretendo lutar no Campeonato Cearense 2024 - 2ª etapa, no dia 27 de julho.

              Qualquer ajuda é bem vinda, me ler já é uma grande ajuda. Divulgar é muito bom. Ajuda em dinheiro também.



                Pix, Paypal e e-mail: diegosergioadv@gmail.com

            



              Estimativas de gastos para lutar no Cearense 2ª etapa:


              Prestações do Quimono branco por pagar 1x R$ 46,36

              Quimono azul R$ 380,00

              Inscrição R$ 120,00

              Passagens de ônibus R$ 205,60

              Pernoite em pousada R$ R$ 150,00

              Alimentação R$ 120,00



         

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Comentários

  1. Muito bom o texto Diego! Ponto de vista sempre muito interessante! Esperando os próximos já!

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